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Canadá: mistura de etnias e diversidade turística

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Canadá

Mistura de etnias e diversidade turística

 

Segundo maior país em extensão territorial do planeta, ficando atrás apenas da Rússia, o Canadá ocupa praticamente metade do território da América do Norte e é conhecido como um país de imigrantes. Foi colonizado por franceses e ingleses e hoje um terço de sua população possui descendência inglesa, escocesa ou irlandesa; e um quarto da possui algum degrau de descendência francesa. Ambas veias fixaram no país seus idiomas, fazendo com que o Canadá tenha duas línguas oficiais, o Inglês e o Francês. Além desses, outros três maiores grupos étnicos mais presentes no país são de italianos, alemães e chineses.

Com seis fusos horários, além de ser grande em extensão territorial, o Canadá também possui a maior costa do mundo, apresentando litoral nos oceanos Atlântico, Pacífico e Ártico. Contrastando com seu tamanho, o Canadá é um país com baixa densidade populacional, tendo 32 milhões de habitantes, uma média de 4 habitantes por quilômetro quadrado, onde cerca de 75% da população vive no Sul do país, próximo à fronteira com os Estados Unidos.

Onde ir

Toda essa diversidade não é privilégio apenas da massa populacional canadense. Seu amplo território apresenta diferentes características geográficas, oferecendo aos turistas diversas opções de lazer. O país é formado por sete regiões, cada uma com um clima e paisagem diferentes: a costa do Pacífico, onde ficam a ilha de Vancouver e a cidade de Victoria; as cordilheiras, onde se encontram as montanhas mais altas do país e o Monte Logan, situado na maior calota glacial ao sul do círculo ártico; as pradarias; o Escudo Canadense; os Grandes Lagos, os Apalaches, no Atlântico; o Ártico e os Parques Nacionais. Opções para todos os gostos, não é mesmo?

Localizada às margens do lago Ontário, Toronto é a maior cidade do Canadá. Sua população, que até o fim da Segunda Guerra era predominantemente de origem inglesa, hoje tem sua metade composta por imigrantes, num total de 150 etnias. Essa variedade de culturas possibilita que existam bairros ou áreas com restaurantes, lojas e serviços típicos da Itália, Índia, Polônia, China, Alemanha, Portugal, Brasil e Grécia, entre outros países.

Um dos marcos da cidade é a CN Tower, torre high tech com 553 metros e 180 andares. Em seu topo um deck com chão de vidro. Outro símbolo da cidade é o Skydome, estádio com teto retrátil do time de beisebol Blue Jays.

 

As margens do lago Ontário foram reurbanizadas, e hoje seu Harbourfront Centre é um pólo cultural e de lazer com marinas, parques, hotéis, cafés, lojas de antiguidades e artesanato. O bairro às margens do lago, The Beaches, possui estilo descontraído que atrai multidões no fim de semana, com uma concorrida orla cheia de quadras esportivas e parques. Outras atrações são o complexo de lazer Ontario Place e o castelo Casa Loma, que foi construído em 1914 por um milionário excêntrico e tem 98 quartos.

Para quem gosta de arte, a cidade abriga as sedes do National Ballet of Canada e da Canadian Opera, além de museus e galerias da cidade, dentre os quais destacam-se o Royal Ontario Museum, a Thomson Gallery, o Henry Moore Sculpture Centre, e a Galeria de Arte Esquimó.

Já para aqueles turistas que preferem um contato maior com a natureza, as Montanhas Rochosas têm grandes lagos de água turquesa em suas florestas. Na região existem inúmeros parques nacionais, como o Top of the World Park, o Kootenay Park (que podem ser percorridos de carro) e o Purcell Park, que exige um pouco de fôlego, já que os melhores trajetos só podem ser percorridos a pé. Além do trekking, os parques também oferecem outros esportes, como o windsurfe, o rafting, o esqui aquático e o rappel. Tudo guarnecido por vilas dentro dos próprios parques que fornecem infra-estrutura para os visitantes.

A maior cidade com população de origem francesa depois de Paris está localizada no Canadá. Montreal está situada em uma ilha do rio São Lourenço e é a segunda maior cidade do país, depois Toronto. Lá é possível registrar uma combinação única da tradição européia com a modernidade da América do Norte.

 

Verão e inverno repletos de atrativos

Que tal passear no verão em praias paradisíacas? Ou então conhecer as estações de esqui no inverno? Junte a tudo isso programas de teatro, ecoturismo, cultura chinesa, passeios para compras, jardins botânicos e esporte. Pois é isso que encontra-se quando o destino é a cidade de Vancouver. Situada entre o Oceano Pacífico e a cadeia de Montanhas Rochosas da costa oeste do Canadá, ela é uma mistura de tranquilidade e descontração com a modernidade de um centro de pesquisas e criação de softwares e biotecnologia cuja principal atividade é o comércio internacional.

Ao contrário de outros locais, conhecidos por oferecer atrações em apenas uma estação do ano, Vancouver é interessante o ano todo. No verão as temperaturas variam entre 20 e 26ºC, sendo ideal para aproveitar as belas praias. Já no inverno a neve é freqüente, fazendo das estações de esqui uma boa pedida.

Também é possível encontrar opções para diversos públicos: de maio a setembro o festival de teatro Bard on the Beach, leva para a praia encenações de peças de Shakespeare; ecoturismo e safáris no mar são outros programas de verão; a influência chinesa na cidade pode ser notada na Chinatown, onde são comercializados chás, ervas, utensílios de cozinha e alimentos feitos na hora. Mas se a idéia é encontrar algo ainda mais exótico, o Commercial Drive oferece lojas, restaurantes e cafés inspirados nas mais diversas culturas que compõem o país. Lá está uma antiga igreja que foi transformada em teatro e um cinema só para filmes do circuito independente.

 

Vancouver também reserva atrativos para os amantes dos esportes, já que abriga o estádio do time de hóquei Vancouver Canucks, do time de beisebol Vancouver Canadians e o de futebol, do BC Lions, com capacidade para 60 mil pessoas. A cidade possui ainda 11 praias, jardins botânicos, um jardim chinês e um centro de conservação e pesquisa de plantas com 28 hectares e espécies de todos os continentes.

 

Tradição e modernidade

Construída por colonos franceses e tomada pelos ingleses, Montreal abriga o mais importante porto canadense. Ela irradia um espírito cosmopolita, unindo o encanto do Velho Mundo ao desenvolvimento ultramoderno. É um dos destinos preferidos de quem quer estudar no exterior com conforto, segurança, custos mais baixos, além da chance de conviver com os dois idiomas e duas culturas muito diferentes. Nela os estudantes podem frequentar escolas que oferecem cursos de inglês e francês.

 

Seus habitantes são simpáticos, calorosos, atenciosos e muito hospitaleiros, e, do ponto de vista gastronômico, os crepes de Montreal nada deixam a desejar aos crepes franceses. Estão sediados lá também a escola do famoso Cirque Du Soleil e o Biodome, espaço que mostra quatro ecossistemas diferentes incluindo o tropical, no subsolo do estádio olímpico construído para as Olimpíadas de 1976. À noite os pontos de encontros dos jovens são Rue Crescent e a Rue Saint Denis.

 

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Matéria publicada na Revista Classic Life – Edição nº 14
Reportagem por Sabrina Gisele Becker
Jornalista – Mtb 13261

CLASSIC LIFE | Redação

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